A espécie foi registrada em: MINAS GERAIS, município de Arceburgo (Heringer, 7681); ESPIRITO SANTO, municípios de Alfredo Chaves (Folli, 6865), Cariacica (Forzza, 5056); RIO DE JANEIRO, municípios de Angra dos Reis (Oliveira et al., s.n.), Casimiro de Abreu (Silva, 260), Guapimirim (Sylvestre, 797), Magé (Glaziou, 14893), Nova Iguaçú (Pereira-Moura, 597), Petrópolis (Frazão, s.n.), Teresópolis (Riedel, 424) e Rio de Janeiro (Pereira-Moura, 597). Foi registrada entre 200 e 600 m de altitude (Delprete, 1999; Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Árvore de até 7 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Florestas Ombrófilas Densas associadas a Mata Atlântica nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Apresenta AOO=52 km², estrita relação com habitat florestal úmido, que encontra-se severamente fragmentado, e ocorrência infrequente. A Mata Atlântica está atualmente muito alterada e reduzida a cerca de 8% de sua extensão original (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018). O estado do Rio de Janeiro, área central de sua distribuição, resguarda 20% de vegetação original (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018) e conta com a presença de ameaças severas, como expansão urbana acelerada (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018; Mallet-Rodrigues et al., 2007; Fernandes et al., 1999), desmatamento das baixadas e encostas (Serra dos Órgãos, Pedra Branca) para atividades agropecuárias de variadas escalas (Carvalho et al., 2006; Kurtz, 2000) e incêndios frequentes (IBAMA, 2014; ICMBio, 2014). Mesmo ocorrendo dentro dos limites de Unidades de Conservação, a espécie é restrita à formações florestais fragmentadas, de ocorrência ocasional e sob intensa pressão antrópica, particularmente na extremidade interiorana de sua distribuição (última coleta realizada em 1960, cerca de 5% de remanescentes florestais em Arceburgo, Minas Gerais) e no entorno e interior das Unidades em que foi registrada. Infere-se declínio contínuo em AOO, extensão e qualidade do habitat e no número de subpopulações. Assim, considera-se R. gracilis Em Perigo (EN) de extinção. Sugere-se a condução de estudos demográficos e a inclusão da espécie em Planos de Ação, além de ampliação da efetividade das Unidades de Conservação em que ocorre.
Descrita em Martius, C.F.P. von & auct. suc. (eds.), Fl. bras., 6(6): 263, 1889.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 2 Agriculture & aquaculture | habitat | past,present,future | local | very high |
O município de Aceburgo (MG), com cerca de 16.288 ha, possui somente 4,4% de Mata Atlântica original (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018). Os remanescentes se encontram reduzidos, isolados em matriz agropecuária composta principalmente por criação de gado, cultivo de cana-de-açúcar, milho, e mais recententemente, soja (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | local | high |
O município de Cariacica (ES), com cerca de 27.986 ha, resguarda somente 24,4% de Mata Atlântica original (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018). Embora abrigue em seus limites a Reserva Biológica de Duas Bocas, onde a espécie foi registrada, a área desta não é suficientemente fiscalizada, além de sofrer impactos negativos das fazendas de pecuária próximas (desmatamento e fogo) e dos cafezais, com o uso de pesticidas agrícolas e o manejo indisciplinado dos recursos naturais (Giaretta e Fraga, 2014). A expansão urbana e populacional, pela proximidade do município de Cariacica a Vitória, capital do estado do Espírito Santo, representa pressão direta aos remanescentes florestais da região (MMA, 2018). Já o município de Alfredo Chaves, ES, com cerca de 61.579 ha, resguarda cerca de 33% de remanescentes florestais associados a Mata Atlântica (SOS Mata AtlÂntica/ INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | regional | high |
As florestas de Petrópolis e da Serra da Estrela, situada no município de Magé, possuem de vegetação natural remanescente respectivamente 32% e 36% da área original (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018). O desmatamento é um processo que vem se acentuando ao longo das margens dos rios do município de Magé, para construções de residências de baixa renda, de maneira irregular (Sachetto, 2012). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | regional | very high |
No Rio de Janeiro, a expansão da área urbana formal e informal sobre os maciços da Tijuca, Pedra Branca e Mendanha constituíram o principal e mais antigo vetor de transformação da estrutura da paisagem. A ocupação espontânea do tipo favela ganha destaque pela característica peculiar de instalam-se, geralmente, em lugares menos privilegiados em relação à probabilidade de problemas erosivos, como áreas de grande declividade no sopé de afloramentos rochosos e cadeias montanhosas (Fernandes et al., 1999). O crescimento da ocupação humana é uma das principais ameaças à parte baixa da Serra dos Órgãos (Mallet-Rodrigues, et al., 2007). O crescimento imobiliário é um dos principais problemas que afetam também a Serra de Macaé, localizada entre os municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Trajano de Moraes, gerando desmatamento dos remanescentes da Mata Atlântica (Marçal e Luz, 2000). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2 Agriculture & aquaculture | habitat | past,present,future | regional | very high |
O Estado do Rio de Janeiro, área central de distribuição da espécie, resguarda atualmente cerca de 20% de remanescentes florestais em variados graus de perturbação e isolamento (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018). A Estação Ecológica do Paraíso possui trechos de seu solo ocupados por matas secundárias ou ocupação agropecuária, voltados para pastagens e culturas de subsistência (Kurtz e Araújo, 2000). Áreas não urbanizadas, mas que não mais possuem as características originais de sua vegetação, são comumente utilizadas para as atividades agropastoris, tanto no interior quanto nos arredores da Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu (Teixeira, 2006). As Florestas Ombrófilas Densas de baixada ou de Terras Baixas (até 250 m de altitude) das proximidades foram totalmente suprimidas para dar lugar a pastagens e monoculturas, e hoje se encontram reduzidas a menos de 7% de sua cobertura original (Carvalho et al., 2006). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity | habitat | past,present,future | regional | high |
O aumento da frequência de incêndios na Serra dos Órgãos e em todo o estado do Rio de Janeiro representa uma ameaça preocupante à biodiversidade, particularmente para espécies de plantas de ambientes úmidas (IBAMA, 2014; ICMBio, 2014). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Reserva Biológica de Duas Bocas (Forzza, 5056), Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Riedel, 424), APA Macaé de Cima (Glaziou, 19437), Parque Estadual dos Três Picos (Sylvestre, 797), Reserva Biológica do Tinguá (Pereira-Moura, 597), Parque Estadual da Pedra Branca (Peixoto, 3983), Parque Estadual da Ilha Grande (Oliveira et al., s.n.). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não se conhecem usos potenciais ou efetivos de R. gracilis. |